Faço uma reflexão sobre esse tópico baseado na minha realidade como tutor de Ensino à Distância durante o dia e professor de Curso Técnico presencial à noite. Num dia destes, uma aluna me procurou para conversar sobre seu desejo de graduação em Logística. E ficou muito espantada quando, abrindo o leque de possibilidades, inclui o curso de logística em ensino à distância (EAD).
O espanto desta aluna foi um espelho que refletiu a realidade ainda preconceituosa da nossa sociedade contra o EAD.
Ainda existem muitos que pensam que, por ter uma sala virtual e com horário flexível, o curso à distância não é sério ou não tem qualidade. Também existe ainda discriminação no mercado de trabalho, ligada ao desconhecimento sobre os mecanismos e processos de aprendizagem envolvidos no EAD e suas grandes e reais possibilidades de ensino.
A própria sociedade, que criou a necessidade do desenvolvimento e alavancou o crescimento do ensino virtual, ainda tem preconceitos contra ele. Os jovens alunos, que vivem num mundo informatizado, ainda têm dúvidas. Imaginem o que se passa então com os familiares?!
Os pais muitas vezes mantenedores da educação dos filhos, cresceram na educação tradicional. Muitos com pouco ou nenhum acesso à informatização, ainda cobram da educação presencial quanto se escreveu no caderno ou quantos livros são carregados para a escola! Como podem entender um ensino onde o aluno fica em casa, indo à faculdade uma ou duas vezes por semana? Como vão se adaptar a uma realidade virtual em seu mundo tão concreto?
Falta informação. Esses pais não entendem que o EAD existe a mais tempo do que pensam. Desde os telecursos e cursos por correspondência, que vários pais devem ter utilizado, o princípio da aprendizagem auto-didata, com orientação à distância, já se fazia presente. A diferença hoje é a alta tecnologia envolvida.
O aluno do EAD é obrigado a desenvolver muito mais disciplina que o presencial. Tem que ler mais, estudar mais, produzir mais que os outros. Tem acesso a um ambiente de ensino mais rico e mais pleno em conhecimento e em estratégias de ensino. Tudo isso em tempo real. É preciso trabalhar estas informações, de forma a conscientizar sociedade e, especialmente sua célula máter, a família, quebrando assim os paradigmas do EAD e ajudando sua expansão.
Muito do que se passa ao redor do EAD está nessa necessidade do aluno desenvolver, com disciplina, a forma de aprendizado auto-didata. Quem consegue desenvolver tal capacidade, intrínseca na educação à distância, por sua vez, destaca-se no mercado de trabalho globalizado.
Por isso estou atualmente fazendo uma pós-graduação em EAD: para ter uma visão como aluno, compreender melhor o sistema e poder relatar aos meus alunos, em primeira mão, toda a integração do processo de aprendizagem à distância.
Emerson Gaino
Há uma premente necessidade da mudança do pensamento atual coletivo a respeito a EaD, temos que trabalhar duramente para acabar com este preconceito, bem como também uma mudança efetiva tanto por parte de alunos quanto de professores.
ResponderExcluirHá ainda nas escolas o predomínio do modelo disciplinar, centrado no professor. Não podemos reduzir os momentos de ensinamento apenas dentro de uma sala de aula. O foco agora deverá ser maior nos alunos, que deverão ter uma atitude proativa e autônoma.
A Educação a Distância tem muita qualidade sim. Por trás também podemos destacar a intensidade do compromisso e dedicação de cada aluno.
Está lançado o desafio. Mãos à obra!
Emerson, achei muito interessante e concordo com você, nossa própria sociedade criou a necessidade do desenvolvimento e alavancou o crescimento do ensino virtual, porém ainda existem preconceitos contra ele. Precisamos quebrar essa barreira do preconceito virtual.
ResponderExcluirEmerson, com certeza o preconceito existe. Mas com as novas TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) aumentou em muito a qualidade da EAD.
ResponderExcluirMas precismos cada vez mais divulgar a qualidade desta modalidade de ensino atual.